Em resposta a preocupações crescentes de cristãos evangélicos nos Estados Unidos e em Israel, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu na quarta-feira que não apoiará um projeto de lei controverso que criminaliza o evangelismo no país.
O projeto de lei, proposto por membros ultraortodoxos do Knesset, o parlamento israelense, causou alarme em comunidades cristãs devido à possibilidade de criminalizar tentativas de conversão religiosa.
Primeiro-ministro garante proteção à liberdade religiosa
Netanyahu usou suas redes sociais para anunciar, em hebraico e inglês, que não permitirá a aprovação de leis contra a comunidade cristã. A mensagem tranquilizou aqueles preocupados com a proposta, que prevê penas de prisão para quem tentar persuadir alguém a se converter a outra religião, incluindo penas mais severas para casos envolvendo menores de idade.
Os membros do Knesset, Moshe Gafni e Yaakov Asher, do Partido do Judaísmo da Torá Unida (UTJ), apresentaram a proposta de lei em janeiro, mas enfrentaram resistência desde então.
Especialistas e defensores da liberdade religiosa, como o ex-embaixador geral dos EUA para liberdade religiosa internacional, Sam Brownback, alertaram que tal medida poderia prejudicar Israel e violar a Declaração de Independência do país e a Carta dos Direitos Humanos da ONU.
A questão do proselitismo em Israel
A proposta de lei, embora aplicável a todas as religiões, menciona especificamente os cristãos, citando um aumento nas tentativas de corpos missionários, principalmente cristãos, de persuadir as pessoas a se converterem.
Essa preocupação reflete a delicada questão do proselitismo em Israel, onde o estado judeu foi criado para proteger o povo judeu, e a conversão forçada e a assimilação ao longo dos séculos são questões sensíveis.
Em contrapartida, Netanyahu tem um histórico de apoio aos cristãos evangélicos e ao sionismo cristão. Em 2012 por exemplo, durante a dedicação de um moinho de vento restaurado por cristãos da Holanda, ele afirmou que o estado judeu e o sionismo moderno não teriam sido possíveis sem o sionismo cristão. Sua postura firme contra o projeto de lei polêmico é uma continuação desse compromisso com a liberdade religiosa e com a comunidade cristã.
Fonte: cbn Imagem: DebbieHill/Pool via REUTERS